quinta-feira, 16 de julho de 2009

Perdi a conta de quantas vezes parei em frente a qualquer forma de falar com você. Pensei, repensei, tentei forçar uma ação por impulso.Perdi a conta das inúmeras vezes que a minha saudade foi insuportável, que era absurda a minha vontade de simplesmente escutar uma voz, um 'tudo bem', ou quem sabe ler palavras que terminassem com 'tudo vai ficar melhor assim'.Essa minha vontade dói por dentro e, possivelmente, destrua alguns dos meus neurônios. Sabemos e aprendemos que não podemos mais agir por impulso, afinal não sabemos como será a reação do outro. E o que hoje eu considero primordial, é que eu não vou saber se isso irá ou não te afetar de alguma forma negativa.É um medo enorme de fazer um mal maior, de estragar o dia, ou simplesmente fazer o teu fantasma aparecer na minha vida de novo. Eis então, que eu me mantenho muda, calada.Com um silêncio frio e medonho!Porque quando se trata de nós mesmos, sabemos se vamos ou não aguentar.. com isso chegamos à conclusão de simplesmente não falar. De ficar assim, sem saber se é o melhor ou pior, mas com a certeza de que não é a opção mais fácil.Complicada tarefa para uma leonina se manter quieta.Então, quando um dia, por um acaso da vida (e da nossa competência), eu recebo uma notícia maravilhosa, que me faz sorrir de verdade, com satistafação e alívio.Quando eu termino a sessão de ligações, eu sinto um aperto no peito. Como se faltasse alguém para contar essa notícia, e flor.. sinto lhe informar que realmente falta.Falta aquela pessoa que com muita certeza ficaria sorrindo e falando o quanto estava orgulhoso de mim. Entro no ônibus, ainda com essa vontade de ligar e falar, contar!Simplesmente contar, sem esperar reação. Por cinco minutos a vontade foi absurda, porém pensando que talvez, depois de contar a notícia, um silêncio horrível ia surgir. Eu? Nada fiz.Algumas horas se passaram, e talvez fosse bom te falar, por orkut mesmo, tanto faz. Mas dá um nó na garganta, pensando que isso pode machucar. Então eu fico com o 'talvez não'.é melhor.. talvez não.